EL ÚLTIMO GRITO
Design social
Desde 1997, El Último Grito (Roberto Feo & Rosario Hurtado) tem produzido trabalhos que respondem a uma investigação em curso sobre a natureza e representação dos sistemas. Este trabalho é tanto o meio para analisar e fazer avançar as suas ideias sobre o assunto como o objecto da própria investigação. Os resultados que produzem são apresentados em vários contextos e tomam diferentes formas que vão desde instalações, objectos, filmes, performances e publicações até projectos curatoriais, editoriais e académicos. Em 2012 foram galardoados com a prestigiada London Gold Design Medal, reconhecendo a sua contribuição para o design no Reino Unido.
MUF ARCHITECURE/ART
Arquitetura e arte participativa
MUF é uma prática reconhecida internacionalmente cujo trabalho é uma colaboração entre arte e arquitectura – simultaneamente pragmática e infinitamente ambiciosa.
“What Muf has been arguing for all these years can be difficult to define, let alone defend: the value of complexity in a commodified society in which all things must be measured…Their advocacy for the benefits of public space is critical in an increasingly unequal city, a message that is both profoundly political and utterly necessary. The group is making space for the city to be able to hold on to its humanity, without which it is no longer a city.”
– em entrevista com Katherine e Liza para o periódico Financial Times por Edwin Heathcote.
CRITICAL CONCRETE
Arquitetura e participação social
Critical Concrete, é uma organização sem fins lucrativos que assume desafios ligados à indústria da construção e que visa práticas sustentáveis. Localizada no Porto, onde a necessidade de soluções habitacionais acessíveis é sempre perceptível, desafiam o dinamismo regular do desenvolvimento imobiliário e promovem novos mecanismos para reabilitar a habitação social, e melhorar os espaços públicos e culturais nas comunidades de baixos rendimentos. Questionam também o significado político da sustentabilidade na arquitectura, que tem conotações ambíguas. Para o Concreto Crítico, a sua compreensão de arquitectura sustentável significa: estruturas de longa duração e facilmente reparáveis, feitas de materiais de origem local e de resíduos reciclados. A Critical Concrete concentrou-se no desenvolvimento de projectos que promovem a inclusão social, combatendo a pobreza e a discriminação através de workshops participativos sobre arquitectura social e sustentável numa série de métodos que incluem educação, investigação, design e consultoria.
LUÍSA MONTES
Arquitetura participativa
Depois dos meus estudos em Arquitectura entre Sevilha e Puerto Montt (sul do Chile). Compreendi que a arquitectura poderia ser um instrumento de mudança e terminei a minha licenciatura com um trabalho de investigação sobre urbanismo participativo baseado no agachamento. O espaço público pertence ao cidadão e as práticas participativas encorajam o enraizamento e a criação de redes numa comunidade.
Depois da pandemia viajei para Paris e passei um ano com os Batisseurs Compagnons, onde aprendi muita bricolagem e vi o poder dos projectos participativos e associativos de uma forma prática e real.
Agora trabalho a meio caminho entre a arquitectura convencional e tento abrir um espaço para outras formas de intervenção no espaço público com Chacho mi Tierra, uma associação em nascimento com muito a oferecer para a mudança no sentido da sustentabilidade.
DANIEL TALESNIK
Arquitetura para os sem-abrigo
Daniel Talesnik é um arquitecto da Universidade Católica do Chile (2006) e é doutorado em História e Teoria da Arquitectura pela Universidade de Columbia (2016), premiado com a dissertação “The Itinerant Red Bauhaus, or the Third Emigration”. Foi professor na Universidade Católica do Chile, Universidade de Columbia, Instituto de Tecnologia de Illinois, e Technische Universität München. No Architekturmuseum der TUM, onde trabalhou entre 2017-22, foi o curador de Access for All: São Paulo’s Architectural Infrastructures (2019), que também foi exibido no Center for Architecture, New York (2020 – 2021), Swiss Museum of Architecture, Basel (2021), e excertos nas Bienais de Arquitectura de São Paulo (2019) e Veneza (2021). A sua última exposição em Munique, Who’s Next? Homelessness, Architecture, and Cities (2021-22), pode ser vista no Museum für Kunst und Gewerbe Hamburg entre 14 de Outubro de 2022 e 12 de Março de 2023. No ano académico de 2022-2023, Talesnik será Professor Associado em Architectural History and Theory no Departamento de Arquitectura, Cambridge.
Foto © Laura Trumpp
JOÃO LEAL
Antropologia de artefactos | Objetos e Cultura Material na História da Antropologia Portuguesa
Nasceu em Lisboa. Doutorado em Antropologia Social pelo ISCTE. Professor do Departamento de Antropologia da FCSH – Universidade Nova de Lisboa e investigador do CRIA. Tem trabalhado sobre ritual e performance – com ênfase nas Festas do Espírito Santo – e sobre história da antropologia em Portugal. Autor dos livros “As Festas do Espírito Santo nos Açores: Um Estudo de Antropologia Social” (Lisboa: Dom Quixote, 1994), “Etnografias Portuguesas (1870-1970): Cultura Popular e Identidade Nacional” (Lisboa: Dom Quixote, 2000), “Antropologia em Portugal: Mestres, Percursos, Transições” (Lisboa: Livros Horizonte, 2006), “Cultura e Identidade Açoriana: O Movimento Açorianista em Santa Catarina” (Florianópolis: Editora Insular, 2007), “Azorean Identity in Brazil and the United States: Arguments about History, Culture and Transnational Connections” (Dartmouth: UMass Dartmouth, 2011) e “O Culto do Divino. Migrações e Transformações (Lisboa: Edições 70, 2017).
FILOMENA SILVANO
Antropologia da moda, etnografia e design
No ano em que terminou a licenciatura em Antropologia (1982) foi selecionada para integrar a equipa de investigação do projeto “Espace et Développement : développement spatial et identités régionales au Portugal”. Esse fato veio a determinar de forma significativa a sua carreira, por um lado, porque lhe permitiu integrar uma equipa de investigação internacional num tempo em que essa possibilidade era, em Portugal, muito reduzida, e, por outro, porque determinou a sua área de especialização inicial, a Antropologia do Espaço. Os seus interesses, que relacionam as questões das identidades coletivas e individuais com o estudo do espaço, do habitat, dos objetos e, mais recentemente, da cultura expressiva, do consumo e da moda, mantiveram-se ao longo do tempo e foram sendo objeto de trabalho no quadro de vários projetos de investigação. Colaborou em quatro documentários dos realizadores João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata. É autora dos livros “Territórios da Identidade”, “Antropologia do Espaço”, “De Casa em Casa: Sobre Um Encontro entre Etnografia e Cinema” e “Antropologia da Moda”.
Culatra 2030
Comunidade Energética Sustentável
A iniciativa ‘Culatra 2030 – Comunidade Energética Sustentável’ é um projeto-piloto de transição energética na ilha da Culatra, no Algarve, Portugal, abrangendo múltiplos aspetos da transição verde. Implementa as ambições da Estratégia de Especialização Inteligente (S3) no Algarve, utilizando um Diagnóstico Participativo Comunitário para criar um laboratório real para a transição verde, centrando-se nas necessidades específicas da ilha e capitalizando os seus ativos. A chave do seu sucesso é a participação ativa de toda a comunidade da ilha. O Diagnóstico Participativo Comunitário inicial foi baseado num processo participativo totalmente inclusivo, que reuniu entidades públicas, academia, empresas e comunidades. Após a fase inicial, foi implementado um novo sistema de governança para a exploração participativa dos caminhos de transição, apoiado por diferentes oportunidades de financiamento que são continuamente exploradas.