CRITICAL CONCRETE
Arquitetura e participação social
Critical Concrete, é uma organização sem fins lucrativos que assume desafios ligados à indústria da construção e que visa práticas sustentáveis. Localizada no Porto, onde a necessidade de soluções habitacionais acessíveis é sempre perceptível, desafiam o dinamismo regular do desenvolvimento imobiliário e promovem novos mecanismos para reabilitar a habitação social, e melhorar os espaços públicos e culturais nas comunidades de baixos rendimentos. Questionam também o significado político da sustentabilidade na arquitectura, que tem conotações ambíguas. Para o Concreto Crítico, a sua compreensão de arquitectura sustentável significa: estruturas de longa duração e facilmente reparáveis, feitas de materiais de origem local e de resíduos reciclados. A Critical Concrete concentrou-se no desenvolvimento de projectos que promovem a inclusão social, combatendo a pobreza e a discriminação através de workshops participativos sobre arquitectura social e sustentável numa série de métodos que incluem educação, investigação, design e consultoria.
LUÍSA MONTES
Arquitetura participativa
Depois dos meus estudos em Arquitectura entre Sevilha e Puerto Montt (sul do Chile). Compreendi que a arquitectura poderia ser um instrumento de mudança e terminei a minha licenciatura com um trabalho de investigação sobre urbanismo participativo baseado no agachamento. O espaço público pertence ao cidadão e as práticas participativas encorajam o enraizamento e a criação de redes numa comunidade.
Depois da pandemia viajei para Paris e passei um ano com os Batisseurs Compagnons, onde aprendi muita bricolagem e vi o poder dos projectos participativos e associativos de uma forma prática e real.
Agora trabalho a meio caminho entre a arquitectura convencional e tento abrir um espaço para outras formas de intervenção no espaço público com Chacho mi Tierra, uma associação em nascimento com muito a oferecer para a mudança no sentido da sustentabilidade.
HÉLÈNE VEIGA GOMES
Antropologia social | técnicas de análise / participação
Doutora em antropologia social, Hélène Veiga Gomes trabalha no cruzamento dos estudos urbanos e da cultura visual. A sua investigação centra-se no processo de transformação urbana em Lisboa e utiliza imagens tanto como objeto de análise como meio de divulgação da investigação. De forma a interligar linguagens académicas, urbanas e artísticas, dirige o estúdio H+V/G, onde desenvolve projetos com entidades urbanas que querem pensar a cidade de uma forma inclusiva e sustentável. É também professora investigadora em antropologia urbana nas escolas de arquitetura.
EMILIANO DANTAS
Antropologia visual
Emiliano Dantas é doutor em Antropologia pelo Instituto Universitário de Lisboa/ISCTE-IUL. É mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco/UFPE e graduado em Comunicação Social com habilitação em Fotografia pelas Faculdades Integradas Barros Melo/AESO. Foi professor na AESO, onde lecionou disciplinas no Bacharelado de Fotografia, Cinema e Audiovisual, e Artes Visuais. Foi bolseiro do ISCTE durante três anos, 2016-2017, 2017-2018, 2018-2019, para desenvolver os projetos das Oficinas de Aprendizagem e atividades técnicas e pedagógicas no Laboratório Audiovisual do CRIA. Lecionou, como assistente convidado, na licenciatura de Antropologia do ISCTE e na Pós-Graduação em Culturas Visuais Digitais da mesma universidade, entre 2018 e 2020. Foi professor em cursos breves oferecidos pelo Centro em Rede de Investigação em Antropologia CRIA/ISCTE-IUL, em 2018 e 2019. Realizou exposições fotográficas dos seus trabalhos de pesquisa antropológico no Brasil, Cuba, Portugal e São Tomé e Príncipe.